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Musical inspirado no clássico Viva o Povo Brasileiro, do autor baiano João Ubaldo Ribeiro, chega a João Pessoa

Com direção de André Paes Leme, músicas originais de Chico César, e direção musical de João Milet Meirelles, o espetáculo fala sobre uma alma que queria ser brasileira.

Depois de estrear em agosto no Rio de Janeiro e realizado uma temporada em São Paulo, o musical Viva o Povo Brasileiro [de Naê a Dafé] desembarca em João Pessoa para a três apresentações no Teatro Paulo Pontes.
O espetáculo é uma versão musical para o romance “Viva o Povo Brasileiro”, uma das obras-primas do saudoso autor baiano João Ubaldo Ribeiro (1941-2014), vencedor dos prêmios Camões de Literatura e Jabuti. Esse livro poderoso ainda
inspirou o samba-enredo da Império da Tijuca no Carnaval de 1987. O musical venceu o Prêmio Shell na categoria “Melhor Ator” com Maurício Tizumba e foi indicado em mais três categorias – Música Original e Direção Musical, Melhor Direção e Melhor Figurino -. Também foi indicado ao Prêmio APCA nas categorias “Melhor Espetáculo” e “Melhor Ator” e no Prêmio APTR na categoria “Melhor Música”.

A pesquisa para a montagem de Viva o Povo Brasileiro (De Naê a Dafé) nasce da investigação de doutorado feita na Universidade de Lisboa pelo diretor André Paes Leme, que já adaptou outros clássicos da literatura para o teatro: ‘A Hora da Estrela ou O Canto de Macabéa’, ‘A hora e vez de Augusto Matraga’ e ‘Engraçadinha’.

Para cadenciar toda a trama, Chico César compôs 30 canções, que ganharam arranjos de João Milet Meirelles e a colaboração do elenco. No palco, três músicos e  dez atores que interpretam, cantam e tocam. Além do elenco fixo, o espetáculo tem
um coro composto por atores iniciantes/ estudantes, que ajudarão a dar vida à essa epopeia.
“Esse é meu terceiro trabalho com a Sarau. Nós fizemos ‘Suassuna – O Auto do Reino do Sol’ e ‘A Hora da Estrela ou O Canto de Macabéa’. Para compor as músicas, eu parti da palavra do escritor e busquei a sonoridade da escrita. Trouxe muito da
minha formação intuitiva da música negra, brasileira, baiana, porque o livro se passa em Itaparica e Salvador. Fiquei feliz quando soube que era o João Meirelles quem seria o diretor musical, porque o BaianaSystem é o grupo com maior expressão dessa contemporaneidade da música negra brasileira”, conta Chico César.

Em seu segundo trabalho com o teatro musical, João Milet Meirelles trouxe para ‘Viva o Povo Brasileiro (de Naê a Dafé)’ uma construção coletiva com referências da música baiana contemporânea e da tradicionalidade. “Existe também um apontamento para o futuro. Tem muita percussão, cordas, sanfona, piano. São três músicos e um elenco também muito competente musicalmente. Tem essa diversidade como uma linha que vai conduzindo tudo. É uma construção coletiva com o processo de experimentação”, define João.

Sinopse
Baseada em livro de João Ubaldo Ribeiro, a montagem é ambientada em Itaparica, na Bahia, e percorre o período de 1647 a 1977, acompanhando uma alma em busca da identidade brasileira, que encarna em personagens invisibilizados pela história. Ao longo desses 400 anos, a construção dos abismos sociais é mostrada através das figuras de Caboclo Capiroba, o Alferes e Maria Dafé, que transformam suas dores em heroísmo e demonstram a força da ancestralidade que percorre a formação do nosso povo.

Serviço
Viva o Povo Brasileiro (De Naê a Dafé)
Temporada: 19 a 21 de julho – Teatro Paulo Pontes
Classificação: 14 anos
Duração: 180 minutos

Vendas pelo Sympla:

https://bileto.sympla.com.br/event/94623