No momento em que vivencia-se uma onda de ameaças a segurança nas escolas por parte de grupos extremistas é preciso dizer em alto e bom som: a escola precisa de valorização dos seus profissionais, boas estruturas de funcionamento e ser um local livre de preconceitos, de acolhimento para toda a comunidade escolar. É com esta bandeira de lutas que o Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Educação da Paraíba(SINTEP-PB) se junta a outras entidades da Paraíba e do País para realizar uma Greve Geral na próxima quarta-feira(26 de abril) para defender a paz e a Lei do Piso Salarial Nacional do Magistério que está sob forte ataque de prefeitos e governadores.
Na Paraíba, as escolas municipais e estaduais fecharão suas portas e haverá mobilização nas ruas, em João Pessoa e Campina Grande, organizada pelos sindicatos de Educação do Estado(SINTEP-PB), do município de João Pessoa (SINTEM-PB), e SINTAB-PB – do município de Campina Grande. Esta atividade faz parte da programação da Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública, de 24 a 28, promovida pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação(CNTE) e a oportunidade é para denunciar o descaso e o sucateamento da educação pública, pela revogação da farsa do novo ensino médio e pedir segurança nas escolas.
Os Profissionais da educação da Capital e adjacências se concentrarão na sede do SINTEP-PB, a partir das 14 horas e se deslocarão em caminhada até a Praça dos Três Poderes, no centro e reivindicarão pela escolha democrática para gestão escolar; valorização da carreira(PCCR); escolas com boas estruturas; concurso público para professores(as) e equipes escolares, entre outras.
De acordo com o diretor da Juventude do SINTEP-PB, Felipe Baunilha esta paralisação nacional do dia 26(quarta-feira) tem a finalidade de “chamarmos atenção da sociedade para educação pública e de qualidade que queremos para os alunos e alunas de nossas escolas. A precarização da educação, um problema histórico, foi agravada com a aprovação sem discussão do chamado ‘novo ensino médio’ que não agrega conhecimento e que estamos diante de um crime com a negação ao direito à educação de qualidade para nossa juventude”, destacou.
Para Baunilha, além de um caráter mobilizador, será um espaço para educadores/as e os estudantes, denunciarem problemas como a falta de professores e a ausência de aulas ou disciplinas ministradas em formato remoto. Além das matérias inadequadas, que alunos e alunas têm tido, e que afetam diretamente o desenvolvimento nessa etapa da educação básica fundamental para a formação e para que cheguem à universidade.
Ao longo da semana, serão transmitidas lives e toda programação pode ser acessada a partir da página da CNTE: www.cnte.org.br e com o objetivo de discutir a importância de revogar o Novo Ensino Médio (NEM) e estabelecer espaços democráticos para construção de um novo modelo. Além disso, há outras atividades já programadas, como debates com os estudantes e/ou pais/mães/responsáveis; gravação de relatos dos/as estudantes; panfletagem nas praças, com uma síntese conceituando valorização profissional dos/as trabalhadores/as da educação.