Você sabe o que significa o termo “Hibristofilia”? os alunos do curso de Direito da Faculdade Unipê, participaram na tarde desta sexta-feira(19), a convite do Professor, Rômulo Palitot, responsável por presidir a palestra sobre “Hibristofilia, dialogando-se com os campos da Psicologia e Direito”, ministrada pela Advogada Criminalista Erika Bruns, mestranda em Ciências Criminológicas Forenses pela UCES na Argentina, já tendo lançado dois livros sobre o assunto: ‘Os Paradoxos do Amor Bandido’ e ‘A Síndrome do Amor Bandido’.

“Através da sua habilidade como advogada criminalista e de escritora, Érika Bruns muito bem fundamentada por muitos relatos, não somente discutiu a hibristofilia, como também trouxe para essa palestra apresentada em João Pessoa, seu conceito para desmistificar esse relacionamento entre pessoas hibristófilas, para entender um pouco sobre como é a experiência e como funciona a mente de um criminoso e de quem se relaciona com ele, não apenas femininos, mas também outros atores sociais”, comentou Palitot.

Mulher, advogada e boa leitora, Érika Bruns se fez ouvinte empática dos relatos das muitas mulheres que se valiam dos seus serviços, elas mesmas clientes ou ainda aquelas que mantinham relacionamento afetivo com seus clientes e, nesse cenário, trouxe à superfície uma questão que ainda se manifesta como tabu: a hibristofilia, ou a ‘síndrome do amor bandido’.

Segundo ela, em regra geral, essas pessoas são colocadas à margem e entregues ao Sistema Penal para que completem o seu tempo de punição conforme prevê a Lei, entretanto há um universo formado por pessoas que se apaixonam por outras, desde que estas estejam em condição de privação de liberdade.

“Os motivos que despertam essa paixão são os mais variados e vão desde acreditar que o amor regenerará o outro até por empoderamento de quem está do lado de fora pela posição na qual o objeto do seu afeto se encontra na hierarquia do crime”, comentou Érika.

Quem tem hibristofilia é?

A psicologia dá-lhe o nome de hibristofilia e define-o, simplificadamente, como uma atração sexual por pessoas que cometeram uma atrocidade ou um crime, como assaltos à mão armada ou até violações e homicídios. A primeira pessoa a fazer referência ao termo foi o psicólogo e sexólogo John Money, nos anos 50.

 



Por Edileide Vilaça