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Ao ouvir a palavra Tarô, muitas pessoas a relacionam a um jogo de cartas divinatório, o que mostra grande desinformação a respeito dessa ferramenta fantástica no autoconhecimento.
Ao observar suas cartas, podemos perceber inúmeros símbolos, arquétipos, bem como histórias que fazem referência ao ser humano e às forças da natureza que nos permeiam.
Talvez por isso, Carl Jung (psiquiatra, psicoterapeuta e fundador da Psicologia Analítica), em um seminário sobre a imaginação ativa realizado em 1933, fez um breve relato sobre o Tarô referindo-se a ele como “imagens psicológicas que o inconsciente usa para se expressar”. Também em 1997 relatou que as cartas são imagens arquetípicas que contribuem para compreender, de modo intuitivo, o fluxo da vida.
Formado por 78 cartas, sendo 22 arcanos maiores e 56 arcanos menores, esse jogo milenar, de origem desconhecida, retrata muito bem os processos naturais sobre o que tange o caminho de desenvolvimento e evolução de cada ser humano.
Diferentes fontes dão conta de que o Tarô teve origem no Egito; outras fontes relatam uma origem latina, hebraica e chinesa. Muitos, porém, relatam seu surgimento na Europa, mais especificamente na Itália. Assim, há relatos de seu uso pela nobreza italiana desde o período renascentista e suas regras oficiais são publicadas pela Federação Francesa de Tarô.
Portanto, o que podemos assertivamente afirmar é que o Tarô é muito antigo, e, provavelmente, nasceu em mais de um lugar, com formas diferentes. Contudo, na origem do Tarô, o uso das cartas para o autoconhecimento sempre foi o grande propósito por trás do jogo.
Tenho inúmeros relatos de pessoas que me contaram, após as leituras, que a percepção de suas vidas através das cartas deram um novo norte às suas decisões. Deste modo posso, sem dúvida alguma, afirmar que o Tarô é uma bússola na resolução dos conflitos internos.
Por muito séculos ele foi usado como ferramenta divinatória, porém seu uso como um caminho para o autoconhecimento só começou entre os estudiosos no final do século XVIII.
O Tarô Terapêutico nos ajuda a despertar para nosso desenvolvimento pessoal e nos faz entender quais os tipos de processos que estamos vivenciando e aprendendo no presente e, desta maneira, nos alinha com o nosso propósito e caminho de vida, fazendo-nos entender as energias que se movimentam em determinadas áreas e o que fazer para nos equilibrarmos nesse ponto, sempre de dentro pra fora.
Sendo assim, a linguagem simbólica e arquetípica das cartas define o consciente e o inconsciente, pessoal e coletivo, do ser humano. É como se conseguíssemos nos conectar às linhas de tempo do futuro, porém esse futuro está sendo construído no agora.
Em suma, esse é o caminho do autoconhecimento em busca do entendimento do inconsciente.
![Soraya Correia](https://diariodevanguarda.com.br/site/wp-content/uploads/2023/04/WhatsApp-Image-2023-04-05-at-12.53.16.jpeg)
Soraya Correia
Terapeuta em medicinas orientais. Mestrado em Reiki Usui. Formação em terapia energética Bastão de Atlante. Formação em tarô arquétipo terapêutico. Terapeuta em homeopatia ( em formação). Facilitadora em terapia canabica, e em Fitoterapia.