Atenção, motoboys da Paraíba! Se quiserem investir no futuro como alternativa legal e segura para o serviço que oferecem, vocês precisam migrar urgentemente da moto convencional para o tuc-tuc, um triciclo – motorizado ou não – que transporta até quatro pessoas por viagem e serve como alternativa de locomoção para milhões de pessoas no planeta inteiro, tanto em lugares ditos desenvolvidos quanto em desenvolvimento.

Tuc-tuc é meio de transporte de gente e mercadoria em diversos países. Indianos, moçambicanos, portugueses, cubanos e uruguaios, por exemplo, locomovem-se e passeiam de tuc-tuc. Em breve, aguardem, um número cada vez maior de municípios brasileiros deve aderir a essas motos ou bicicletas adaptadas para levar de um canto para outro da cidade quem não pode pagar nem esperar por ônibus caro, cheio e ruim.

Em São Paulo já existe tuc-tuc rodando bem. Em Mirassol, a Câmara de Vereadores aprovou lei em favor dessa alternativa. Já na capital, uma empresa foi autorizada a operar no centrão paulistano, incluindo Avenida Paulista, mas depois foi inexplicavelmente – ou nem tanto – bloqueada pela Prefeitura. Que será levada à Justiça por ferir a liberdade de empreendimento e o direito de escolha dos potenciais passageiros.

Tem tuc-tuc movido a gasolina, a bateria e a feijão. Quem não tiver dinheiro para montar negócio semelhante, onde houver rota plana pode começar pedalando um triciclo de marchas variadas e múltiplas. O importante é diversificar alternativas bacanas e econômicas de mobilidade humana onde sobrevivem milhares que – insisto – não podem pagar nem esperar táxi, uber ou ônibus, que em João Pessoa, por exemplo, é caro, cheio e ruim.

Fica a dica para os motoboys. Imagino que eles podem formar empresas ou se organizar em cooperativa e buscar financiamento em bancos oficiais, a exemplo do BNDES. Fica a dica também para empresários interessados em ampliar investimentos. Especialmente na cidade onde moro. Aqui, quem manda no pedaço é um oligopólio financiador de campanhas eleitorais de quem pode eternizar a concessão dada aos exploradores do ramo.