Procurador alerta para ‘tragédia anunciada’ no Parque do Povo
Paulo Souto, cidadão exemplar, procurador federal, residente e domiciliado em João Pessoa, alerta a população em geral e autoridades em particular para a gravidade dos riscos de superlotação do Parque do Povo, em Campina Grande, durante os dias mais concorridos do Maior São João do Mundo.
Ele chama de ‘tragédia anunciada’ o que pode ocorrer lá dentro por conta da suposta redução do espaço destinado ao povo para assistir aos shows mais aguardados, que atraem público superior à capacidade da área reservada aos sem camarote. Paulo colou, em anexo ao comentário que me enviou, link de notícia sobre incidente ocorrido no local nesse sábado (10).
Segundo noticiaram MaisPB e Correio, o Parque do Povo foi invadido ontem por centenas de forrozeiros revoltados porque encontraram fechados os portões de entrada gratuita. Tal providência a organização do evento adota, conforme anunciado, após a lotação atingir 52 mil pessoas. Leia a seguir o que disse o procurador Paulo Souto sobre o assunto.
– Fui a Campina Grande/PB na sexta-feira (9) para o passar o final de semana e sentir de perto a tão grande festa anunciada, o Maior São João do Mundo, mas infelizmente digo, sem medo de errar: o Parque do Povo é uma tragédia anunciada. Não tive coragem de entrar. Orisco de muitas pessoas morrerem pisoteadas é grande.Abusaram no número de camarotes e reduziram bastante o espaço para o povo assistir aos shows. A festa não foi feita para o povo. A festa foi feita para os empresários e políticos ganharem muito dinheiro. A vida do ser humano ficou em segundo plano. A imprensa não mostra o risco que o povo está correndo. Voltei ontem mesmo para João Pessoa.
Temores, advertências e observações de Paulo são relevantes, procedentes. Merecem toda a atenção de todos os envolvidos. Prefeitura de Campina, Ministério Público, Corpo de Bombeiros e Polícia Militar, por exemplo, podem e devem rever as questões levantadas. Significa discutir e definir com os locatários do PP medidas que evitem tanto o ensardinhamento quanto a diminuição da lata onde caberiam aqueles que os ‘donos’ da festa tratariam como sardinhas.
Rubens Nóbrega
Escritor e Jornalista desde 1974. Integrante do Observatório Paraibano de Jornalismo.