Dinheiro, Real Moeda brasileira (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

O novo salário mínimo começa a valer nesta segunda-feira (1°), Dia do Trabalho. Agora, o valor passa dos R$ 1.302 para R$ 1.320 mensais, um reajuste de 1,38%, que representa um aumento de R$ 18.

No último domingo (30), o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, confirmou o novo valor da remuneração básica e ampliou a faixa de isenção do Imposto de Renda.

Segundo especialistas ouvidos pelo R7, a medida vai injetar aproximadamente R$ 10 bilhões na economia do país. Por outro lado, o governo gastará mais R$ 7 bilhões por ano.

A projeção da adição de R$ 10 bilhões ao mercado é do economista da ACSP (Associação Comercial de São Paulo) Ulisses Ruiz de Gamboa, que prevê um estímulo ao consumo e à produção de riquezas, além da geração de empregos.

Para o especialista, o reajuste é “bem-vindo” por causa “da situação em que as famílias estão vivendo, pela corrosão do poder de compra [que sofreram]”.

A demanda, porém, “não vai aumentar na mesma proporção”, porque “as famílias estão endividadas”, explica o economista. Segundo a CNC (Confederação Nacional do Comércio, Bens, Serviços e Turismo), oito em cada dez (78,3%) famílias diziam estar com contas atrasadas em março.

Mesmo com o aumento na remuneração, um endividado pode optar por quitar dívidas ao invés de consumir, mesmo que haja estímulos do governo em direção às compras — fenômeno observado no primeiro mandato de Dilma Rousseff.

Em sentido semelhante, o Instituto Locomotiva estima que o novo salário mínimo vá injetar R$ 9,5 bilhões na economia nacional.

“O cálculo considera beneficiários do INSS, empregados, autônomos e empregadores que recebem rendimento equivalente ao salário mínimo. Em 2023, esses grupos representam aproximadamente 60,3 milhões de pessoas”, justifica a entidade.



Por R7