Foto: Caio Gallucci / Divulgação

O pai expulsou o filho de casa por não aceitar sua orientação sexual. Anos depois, 20 para ser mais exato, eles se reencontram e o filho, agora, é drag queen. Dessa forma, eles têm o tempo de uma vela se consumir para acertar as diferenças. Assim é o enredo do espetáculo A vela, escrito por Raphael Gama, com direção de Elias Andreato e com Herson Capri e Leandro Luna vivendo pai e filho respectivamente. A peça será encenada no Teatro Santa Roza, dentro do Festival Centro em Cena, marcado para acontecer de 15 a 20 de setembro, em João Pessoa, numa realização da Funjope, com entrada gratuita.

A história do espetáculo acompanha o pai, Gracindo, se mudando de um asilo. Quem vai ajudar é o filho Cadú, ou Emma Bovary como drag queen. Durante a mudança falta luz e o pai tem que usar uma vela. Assim, no retorno o filho é categórico ao dizer que eles terão apenas o tempo da vela para se acertarem. 

Relações humanas

De acordo com o diretor Elias Andreato, a peça mergulha em uma relação verdadeiramente teatral e humana. Ele também destaca que o teatro sempre vai ser ambiente necessário para debater todas as formas de preconceito. Além disso, A vela trata das feridas humanas e familiares principalmente no que diz respeito à tolerância e respeito ao próximo. 

Sendo assim, os personagens em cena reviram álbuns de fotos, livros clássicos, poesia e música para entender o passado, o presente e até mesmo o futuro. A peça se passa em uma casa com poucos móveis e caixas. O elemento central é uma janela, na qual os segredos e os tempos são discutidos. 

 



Por Edileide Vilaça