O Grupo de Mulheres Indígenas Tabajara da Paraíba lançou uma iniciativa para promover o acesso ao cinema e fortalecer a identidade étnica e cultural na Aldeia Barra de Gramame, no Conde.

Financiado com recursos da Lei Paulo Gustavo, o Cineclube Moara apresentailmes, fomentando diálogos que abordam a cultura e a história dos povos indígenas, além da conexão com a terra, fonte de alimento e cura.

“Esse Cine vem para dar visibilidade às mulheres dentro e fora da Aldeia, trazendo conhecimento das mulheres daqui, de dentro do território; então o Cineclube Moara vem fortalecendo as mulheres e é importante para todas nós”, declarou Simone Tabajara.

Dividido em três ciclos curatoriais – Plantio, Cuidado e Colheita -, o cineclube terá exibições agendadas para os dias 5 e 6 de abril, 3 e 4 de maio, e 10 e 11 de maio, com início às 18h30, na Aldeia Barra de Gramame.

A programação semanal incluirá produções protagonizadas ou dirigidas por realizadores indígenas, visando proporcionar momentos de reflexão e valorização da diversidade cultural.

A estreia do projeto aconteceu na última sexta-feira, 22 de março, com a exibição dos documentários “Moara – A Cura vem da Mata” e “Limolaygo Toype – Agricultura que Cuida”. O primeiro documentário, parte do projeto de dissertação acadêmica de mestrado de Taíza Nunes, explora a relação das mulheres da aldeia com as plantas medicinais, revelando saberes ancestrais. Já o segundo retrata as práticas agroecológicas e a preservação ambiental do povo Xukuru do Ororubá de Pesqueira, PE.

Após as exibições, os participantes foram convidados a participar de uma roda de conversa na Aldeia Barra de Gramame, destacando o papel do Cineclube como um espaço para promover o diálogo e a valorização da cultura indígena.



Por Redação do Diário de Vanguarda