É isso, uma festa junina completamente descaracterizada em Bananeiras.

Alok, hiper competente em música eletrônica, sucesso mundial, passa muito longe da marcação e compasso da zabumba, do contraponto do triângulo e dos acordes sanfônicos!

Safadão e outros assemelhados até que se aproximam um pouco, mas o ritmo nada tem a ver com xote, forró nem baião.

Está mais pra piseiro, sofrência ou “forró de lata”, como definem os mais aguerridos adeptos do genuíno pé -de-serra.

Nesse estilo, há uma batida de caixa de bateria casada com o pedal do bumbão, num compasso fake e distante do forró tradicional.

Está longe da marcação da baqueta fina (espinha de bacalhau) por baixo da zabumba, combinada com os ataques da baqueta na parte superior sobre (geralmente) um pedaço de flanela, pregado com fita adesiva, justamente pra produzir o som grave do instrumento.

Ambos, Alok e Safadão (mais toda a tropa de “sertanejos”) fazem música pop!



Por Robson Nóbrega