O escritor e teatrólogo paraibano, nascido em Pombal, Tarcísio Pereira, atual secretário de cultura de Guarabira, foi eleito para a cadeira 5, da Academia Paraibana de Letras, com um votação consagradora de 22 votos, obtendo maioria absoluta do quórum. Ele irá substituir o Professor e Ex Prefeito de João Pessoa Oswaldo Trigueiro do Vale.

“Como prefeito de Guarabira fico muito feliz e orgulhoso de ter o  Imortal Tarcísio Pereira, como Secretário de Cultura de nossa cidade e como amigo fico mais feliz ainda, pois tenho certeza que foi feito Justiça com um homem que vive cultura e a compartilha com todos. Parabéns Amigo Tarcísio !!! Você merece tudo e muito mais !!!! Abração Imortal”, manifestou em suas redes sociais, Marcus Diogo.

 

O imortal – Seu primeiro romance foi escrito em 1993 com o título de Agonia na Tumba e surpreendeu os leitores a concentrar toda a narrativa dentro de um lugar fechado. Só para se ter uma ideia da capacidade produtiva e criativa do novo imortal, quando completara apenas 18 anos de teatro, Tarcísio Pereira já havia escrito aproximadamente 30 peças, entre comédias, tragédias e dramas. Vinte textos, muitos deles premiados, foram selecionados e reunidos em 12 volumes que levam o selo “Série Teatro de Tarcísio Pereira”, por meio do projeto da Prefeitura Municipal de João Pessoa, Lei Municipal n.º 7.380/93, também conhecida como “Lei Viva Cultura”.

Tarcísio Pereira tem uma extensa obra literária e teatral. Entre seus livros mais conhecidos estão “O Homem que Comprou a Rua” (2003) e “O Sacrifício dos Anjos” (1989), além do mais recente “A Farra do Meu Cadáver”.

Foi o vencedor Prêmio Funarte de Dramaturgia em 2021. Num total de 178 inscritos no Brasil, Tarcísio ficou em primeiro lugar pela região Nordeste. O tema do concurso foram os 200 anos de artes no Brasil. Tarcísio Pereira escreveu uma obra com inspiração na famosa tela do pintor Pedro Américo, notadamente o quadro intitulado “Independência ou Morte”, mais conhecido como “O Grito do Ipiranga”.

Ao longo de sua carreira, Pereira recebeu outros prêmios, como por exemplo o Prêmio Nélson Rodrigues, concedido pelo Ministério da Cultura em 1993, e o Prêmio Novos Autores Paraibanos, concedido pela UFPB em 1997. Em 1996, ele também foi indicado ao prêmio Moinho Santista como Revelação em Literatura.

Pereira vive em João Pessoa, onde continua a escrever e a produzir peças teatrais. Entre suas principais narrativas estão “Dom Quizales de Condor”, “Como São Jorge na Lua”, “Uma Noite no Céu”, “O Último Dia de Deus” e “O Homem que Comprou a Rua”.

 



Por Edileide Vilaça