O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o militar Mauro Cesar Barbosa Cid — Foto: Reprodução/Redes Sociais Crédito: Reprodução/Redes Sociais

A informação foi revelada em reportagem da revista Veja, que teve acesso ao relatório da PF sobre a perícia realizada no celular de Cid. O documento tem três páginas, com o título “Forças Armadas como poder moderador”.

No roteiro, o presidente da República encaminharia um relato das supostas inconstitucionalidades praticadas pelo Judiciário aos comandantes das Forças Armadas, que avaliariam os argumentos. Se concordassem, nomeariam um interventor com poderes absolutos, que fixaria um prazo para restabelecimento da ordem constitucional. Na sequência, suspenderia decisões que considerasse inconstitucionais, afastaria preventivamente os ministros do STF Alexandre de Moraes, Carmem Lucia e Lewandosku, convocaria substitutos, Nunes Marques, Mendonça Filho e Dias Tófolli. Depois, o interventor abriria inquéritos e marcaria uma nova eleição presidencial. Não se sabe quem é o autor do texto.

Ainda segundo a VEJA, no telefone do ex-ajudante de ordens foi encontrado um segundo documento, que avaliava até a hipótese de decretação do estado de sítio.

O relatório também menciona mensagens entre o coronel Cid e o coronel Jean Lawand Junior, subchefe do Estado-Maior do Exército, no início de novembro, logo após a derrota de Bolsonaro nas eleições. Jewand pressiona Cid a converncer Bolsonaro a “dar a ordem” para as Forças Armadas agirem. Mauro Cid então responde que o ex-presidente não deu a ordem porque não confiava no Alto Comando do Exército.



Por CBN e Veja