O presidente Luiz Inácio Lula da Silva coordena reunião ministerial, no Palácio do Planalto. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Ao final do encontro, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que a reunião foi extremamente positiva e que cada chefe de Pasta apresentou um balanço dos feitos de seus ministérios.

Durou mais de 9 horas a reunião em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu todos os ministros e presidentes de bancos estatais para fazer um balanço dos seis primeiros meses do ano e o planejamento para o próximo semestre. Após o término do encontro, no Palácio do Planalto, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, revelou quais são as prioridades do governo Lula para os próximos seis meses.

De acordo com Costa, em julho, o governo lançará o que chamou de “novo PAC”.

“Entre as ações programadas, estão o novo plano de investimento, o novo PAC, que será lançado agora em julho. Teremos ações na área da educação, como o programa para levar internet banda larga para 100% das escolas do país, inclusive as escolas rurais. E tantos outros programas anunciados pelos ministérios”, afirmou o ministro em entrevista coletiva no início da noite desta quinta-feira (15).

PAC – Programa de Aceleração do Crescimento

O PAC – sigla para Programa de Aceleração do Crescimento – foi uma das marcas do segundo mandato de Lula e que alçou sua então ministra, Dilma Rousseff, à corrida pela Presidência. O programa, que reunia uma série de investimentos em infraestrutura, foi lançado em 2007 e tinha o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) como principal pilar de financiamento.

O programa de governo tinha, em sua carteira, projetos de investimento em áreas como logística, energia e infraestrutura social e urbana – dentre eles obras como o da Transposição do Rio São Francisco e da hidrelétrica de Belo Monte.

Em 2011, já no primeiro ano de governo Dilma, foi lançado o PAC 2, com pacote de investimentos em cidades, como os programas Minha Casa, Minha Vida e o Luz Para Todos.

Carros populares

Questionado por jornalistas, Rui Costa negou que o governo esteja planejando estender a duração do programa lançado na última semana que concede créditos tributários para que montadoras possam baixar os preços de carros populares.

Segundo o ministro, o vice-presidente e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin, comemorou os resultados do programa e Lula teria brincado sobre a prorrogação dos benefícios.

“Esse não é um plano do governo. Ele fez uma brincadeira quando foi feito um relato pelo Alckmin, de que o programa estava tendo sucesso absoluto, mas não está no planejmento do governo. Mas isso demonstra o que é evidente: se dermos condições de crédito, viabilizarmos, baixarmos os custos financeiros vai haver consumo no país, a indústria vai voltar a produzir e o comércio varejista vai vender”, afirmou.

Costa disse, ainda, que os bancos públicos, como o Banco do Nordeste, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal estudam oferecer microcrédito para população de baixa renda.

“Um pequeno estimulo do governo vimos que o resultado é expressivo no comércio. O presidente ouviu relato dos bancos públicos e está apostando em aumentar o microcrédito para irrigar a economia. [Bancos públicos] estão estudando formas de viabilizar crédito barato e, a partir da irrigação da base da pirâmide, fazer a economia crescer”, resumiu.



Por Com Itatiaia