Moro bem próximo desse belo e acolhedor espaço coletivo que destronou a Praça da Paz, espaço público também famoso por ter abrigado gente de toda a cidade durante séculos — e agora nem suas luzes brilham acanhadamente.

Culpa das santas e santos de pau-ôco entronados por toda a capital paraibana, falando da vida alheia.

Quase todo dia vou estirar as pernas nas longas Três Ruas, visando bater papos com possíveis “amigos” e incentivar meu filho-cachorro, Nêgo, a estirar suas patas.

Com certeza, toda irmandade pessoense sabe que nossas vidas mudaram bastante com a certeira atitude de ampliar, modernamente, um espaço público que insistia em ficar eternamente no passado.

A decoração natalina está montada desde a chegada de outubro, para nosso espanto… e logo mais nos demos conta de que as Três Ruas, atualmente, exercem um poderio que causa embaraço.

Tudo bem pronto pro Natal e pro Ano Novo, bastante alinhado com a tal classe média… mas vale registrar que uma parte de humanos que moram ao redor da Praça da Paz também merecem um presente natalino arretado e bastante aceso.

Autoria: Chico Noronha

 

 

 

*As opiniões contidas nesta coluna não refletem necessariamente a opinião do Diário de Vanguarda.