O artista Chico Chico mostrou ao público que esteve no domingo no Teatro de Arena da Funesc – Espaço Cultural – que já merece ser chamado de ídolo: um profissional criativo que sabe muito bem lidar com plateias diversas.
Ele escolheu, inteligentemente, não usar os nomes do pai — músico celebrado da MPB — e da mãe, adorada pelos tietes.
Agora, quem cresce como cantor e compositor é Chico Chico.
O Brasil agora só comenta sobre ele.
Sou testemunha desse crescimento artístico que se espalha por todo o país. Ontem vi que Chico Chico produz poesia a todo instante, uma sensualidade especialmente sua, e já assume que continuará produzindo, por muito tempo, uma linha de sedução.

O nome Chico Chico foi inteligentemente escolhido. Quando ele entrou na arena cultural pessoense, totalmente lotada, vi que o homi já é bem tratado por quem gosta do que é perfeito.
Outro ponto inteligente foi chamar, para entrar nessa viagem séria e ao mesmo tempo brincalhona com temas sensuais, instrumentistas que certamente levarão seu “povo” ao estrelato.
Estamos vivenciando uma MPB que nos faz usar a cabeça diante de rapazes que nos provocam com teatro, política, liberdade, sensualidade e deboche.
Gostei das armas que Chico usou nas estreias em Campina Grande e João Pessoa… Agora fico imaginando: se um dia ele aparecer em Cajazeiras, o mundo sertanejo vai esquentar bem mais.
Chico Noronha
é jornalista e ativista cultural. Referência no jornalismo cultural paraibano, escreveu nos históricos jornais Correio da Paraíba e O Norte. Mantém, no Diário de Vanguarda, uma coluna dedicada à arte, à cultura e às múltiplas expressões da vida.