Nesta quarta-feira, 7 de agosto, o Brasil comemora um dos passos mais importantes no enfrentamento à violência contra a mulher. A Lei Maria da Penha é uma das mais conhecidas do país e se consolida como marco na geração de políticas públicas que protejam essas vítimas.
Os dados do Anuário da Violência de 2024 trouxeram um retrato dramático do nosso país: todos os tipos de violência contra a mulher cresceram no Brasil. Mas, se esse crime ainda é uma realidade, as vítimas no nosso país podem contar com a segurança da Lei 11.340, considerada uma das melhores do mundo quando o assunto é acolher, proteger e dar oportunidade rumo à saída do ciclo de violência.
Além de garantir a segurança que as mulheres precisam quando seus direitos são violados, a Lei Maria da Penha criou políticas públicas muito importantes no processo de reconstrução dessa vítima. A norma veio na hora certa. Toda a sociedade ganha sua efetivação e consolidação.
Temos avanços nesses 18 anos, mas também temos grandes desafios. Cito, por exemplo, que estados e municípios precisam ampliar centros de atendimento e casas de abrigo para acolher essas mulheres que estejam vivendo no ciclo da violência.
Precisamos seguir o que diz a lei e ter delegacias especializadas abertas 24 horas. Precisamos de profissionais treinados na rede de acolhimento para oferecer o melhor nesse momento de tanta fragilidade.
Agora, encaro o desafio de oferecer meu nome para concorrer à vaga de desembargador pelo Quinto Constitucional. Quero me comprometer com meus colegas advogados e advogadas que, como membro do Poder Judiciário, vou trabalhar para fortalecer ainda mais os espaços de todas as mulheres. Também vou lutar para garantir e priorizar os direitos adquiridos por todas as mulheres paraibanas.
A defesa à mulher não pode ser só um discurso, tem que ser uma causa de vida! E faço isso também na defesa da mulher advogada. Como presidente da Associação Nacional da Advocacia Criminal na Paraíba (ANACRIM-PB), luto para que minhas colegas advogadas não sejam vítimas de nenhum tipo de violência. Temos que dar um basta nos reflexos da sociedade machista em que vivemos, e que acabam contribuindo esses números absurdos de violência contra mulheres. Não podemos nos calar diante desse tipo de crime.
Romulo Palitot
Criminalista. Doutor em Direito Penal. Professor de Direito Penal (UFPB / UNIPÊ). Presidente da Associação Nacional da Advocacia Criminal- ANACRIM-PB. Procurador do STJD, do Automobilismo.